Embora mais presente e poético
Em nossa infindável imaginação
O esplendoroso universo
É tudo que fisicamente existe
E a soma do espaço e do tempo
Incluindo se os satélites
Com esmero pelo homem construídos
Em sua busca e compreensão
De si mesmo e de tudo mais que
Em sua mente se vislumbre.
O cosmos no entanto
Em sua ordem, beleza e harmonia
É de acordo com Carl Sagan
Tudo o que já foi,
Tudo que é e o que será.
Imiscuido filosoficamente neste todo
O pensamento crítico nos distingue
E nos torna em tese especiais
E mesmo até capazes de influir
Em nossas origens e destinos.
Mas em determinados momentos
De nossa inexpugnável existência
No minúsculo e belo planeta terra
O cientificismo oportunista de muitos
Derramado aos borbotões
Em insólita busca de protagonismo
A qualquer custo e por qualquer meio
Torna estéril a altaneira ciência.
E neste descompasso
Mira incompassivo a si próprio
Num arquétipo eixo gravitacional
Sem a devida percepção
De que a ciência por si só
Como num cosmos enviesado
Nunca foi e nem será
A completa solução
De todas as nossas buscas
E legítimos anseios de evolução
Pois a melhor ciência que existe
É aquela que se espraia
Nos insondáveis amplos horizontes
E que naturalmente promove
Construtivas e bemfazejas
Nobres conexões e sinapses neuronais
Não nos permitindo assim esquecer
Que as brisas, a terra e o mar
Tal como os pássaros e as plantas,
As estrelas nas longínquas galáxias
E tudo o mais que percebemos
Não estudam e nem fazem ciência
Mas simplesmente almejam
A harmonia ética que permita
Existirem com fulgor e destemor
Formando e se transformando
Quando necessário for
No tudo e no todo
Do ontem, do hoje e do amanhã
Em simbiótica beleza sem fim.
O UNIVERSO DA CIÊNCIA

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Luiz Renato de França
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